terça-feira, 29 de novembro de 2011

A sociedade para a sociologia crítica de acordo com o paradigma do conflito

Para Marx, a sociedade capitalista sempre seria imperfeita e único caminho para a superação dos problemas sociais seria a luta política para a construção de uma nova sociedade, ou seja, o socialismo. No capitalismo, o trabalho se organiza de forma a dar origem à produção quase infinita de mercadorias, pois essa é a aparência da nossa sociedade: imenso depósito de mercadorias.
      Uma sociedade com tais distorções, organizada a partir da exploração de uma classe por outra, é necessariamente uma sociedade de violência. Por isso, Marx propõe que, ao invés de se tentar curar tais distorções a raiz do problema “a contradição entre o capital e o trabalho”. Isso significa que não se trata de reformar ou melhorar o capitalismo, mas sim de transformá-lo na direção da construção de uma sociedade nova que é o socialismo. Ele coloca também, que apenas uma situação histórica em que não existisse mais a distinção entre proprietários e não proprietários é que eliminaria a contradição capital-trabalho.
A educação para a sociologia crítica propôs a perceber a ligação entra a organização do trabalho e as classes sociais, o Estado, a ideologia. Essa ideologia na sociologia crítica parte do princípio de que o elemento fundador da sociedade é o trabalho, mas para Marx, não é a consciência das pessoas que explica a sociedade e sim, determinada maneira de se apropriar da natureza e agir cria determinada consciência, determinada maneira de pensar. A sociedade capitalista para ele, se fundamenta numa organização do trabalho que dá origem a classes sociais e onde os proprietários dos meios de produção exploram os não-proprietários. Essa visão de exploração nem sempre está presente na consciência das pessoas, porque aparecem certas ideias que tentam esconder essa realidade.
      Marx fala também em sua teoria da educação e das classes sociais, onde para ele a educação é de classe e, nesse sentido, a escolaridade para a classe trabalhadora tem dois objetivos: preparar a consciência do indivíduo para perceber apenas a visão de mundoda classe empresarial como correta, isto é, transmissão de ideologia; preparar o indivíduo para o trabalho, fazendo com que aprenda o necessário e suficiente para lidar com seus instrumentos de trabalho, disciplinando e treinando o corpo ou mente do jovem da classe trabalhadora para que possa desempenhar adequadamente suas tarefas no trabalho. Enfim, ele parece mostrar á classe trabalhadora que ela não deve negar a escola ou abandoná-la.
Por: Vanuza

Paradigmas do conflito e do consenso na escola

As principais ideias que o texto “A escola segundo os paradigmas do consenso e do conflito” coloca é a existência e a coexistência de estruturas formal ou informal, isso são marcas bem fortes da escola. Essas duas abordagens básicas não pensam da mesma forma, pois levam a diferentes visões da escola.
      Essa comparação entre essas duas visões pode ser mais ampla e rica na escola. O paradigma do conflito enfatiza as tensões e oposições entre professores e estudantes. Já o paradigma do consenso os valores comuns e a operação entre professores e alunos, de modo quea escola funcione como elemento de integração e continuidade entre gerações.
      O paradigma do consenso diz que a integração ao grupo social, como segundo elemento da moralidade, significa que os objetivos morais são aqueles que têm como objeto a sociedade. Há ainda dentro desse paradigma três conseqüências: 1) a tarefa mais importante da educação moral é ligar a criança á sociedade, inclusive á nação. 2) o autodomínio é a primeira condição para a vida social e para o exercício do poder, bem como da liberdade digna desse nome. 3) a moralidade está relacionada á estrutura social onde ela é praticada.
      Metz fala nesse paradigma sobre o “mito do controle coercivo”, ou seja, á medida que o as sanções coercitivas são usadas consistente e rapidamente contra os transgressores, a ameaça de coerção por si só é suficiente, e o uso da própria coerção deixa de ser necessário. Outro tema de suma importância é que Durkheim concebeu a educação como uma influência unilateral dos adultos sobre os “imaturos “Portanto, a escola é uma instituição que contribui para a construção do consenso social e da comunidade.
      O autor do paradigma do conflito é Waller (1967). Ele concebeu as escolas como centros de difusão que levam os padrões culturais dos grupos mais amplos ás comunidades locais. Ele diz que como conseqüência, a escola tem um modo característico de interação social, centrado no dar e receber do processo de ensino. A escola tem uma cultura distinta ( a cultura da escola), que é uma mistura do trabalho dos jovens “artesãos” elaborando cultura e dos artesãos adultos, elaborando cultura para os jovens. Outra conseqüência é que, como professores e alunos são grupos em conflito, a escola tem de ser tipicamente organizada como base no princípio da autocracia.
      Esse paradigma é útil no sentido de que ele revela as tensões e oposições da escola. Aqui também é posto a importância das relações de poder na escola, onde muitos autores ingenuamente vêem as relações sociais desenvolverem-se em harmonia. Esse estudo de Waller tende a ver conflito mesmo onde ele não se encontra, ou em situações onde ele é suscetível de ocorrer,mas em geral não ocorrem, Suas conclusões podem ser válidas em termos de tempo e espaço, mas não podem ser generalizadas a não ser com alto risco.
Por: Vanuza

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O FUNCIONALISMO DE DURKHEIM NA EDUCAÇÃO

É possível observar nas sociedades ao longo dos tempos a existência de uma contradição entre interesses pessoais e sociais, devido à dificuldade, ou mesmo, a impossibilidade que certos indivíduos têm em aceitar e viverem de acordo com a moral estabelecida.
Durkeihm observa então a importância de uma educação que possibilite aos indivíduos perceber que para a realização de ações que beneficiem cada indivíduo em particular acontecem a partir de ações de interesse de toda a sociedade, logo o desenvolvimento pleno de uma sociedade é dependente de uma educação voltada para a sociabilidade, pela adaptação do ser humano às regras morais.
Entre outros aspectos relativos à educação Durkheim ressalta a educação una, a qual deve reproduzir no indivíduo valores próprios da sociedade que integra. Analisa ainda a educação múltipla em que reúne diversificados conhecimentos e as diferenças encontradas na sociedade se devem as diferenciações existentes de acordo com cada classe social.
Em se tratando da relação entre educação e Estado, Durkheim observa que cabe ao Estado responsabilidade de estabelecer e reformular as normas da moral social e observando seu cumprimento pelos indivíduos que integram a sociedade, em consideração aos interesses coletivos. A escola é o mecanismo pelo qual o Estado tem a possibilidade de exercer o controle do pensamento e das ações praticadas pelos indivíduos.
De acordo com a concepção de Durkheim ainda no que tange à educação, esta deve trabalhar no sentido repassar aos indivíduos preceitos morais, apresentando novas versões atualizadas sobre os conceitos, o que não significa de modo algum uma revolução sobre os valores que regem a sociedade.
Por: Vivian

MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação: Introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo: Edições Loyola, 1992. 


SOCIEDADE E O FUNCIONALISMO DE DURKHEIM

Émile Durkheim foi estudante da Escola Norma Superior de Paris em um período em que passou-se a observar de uma forma diferente o curso das ciências físicas e naturais, fato que acabou por interferir nas construções sociais deste sociólogo que elaborou teorias com características da biologia.
Desta forma, Durkheim compreende a sociedade em que vivemos como um corpo em que cada instituição corresponde um órgão, onde cada organismo dentro da sociedade tem diferentes objetivos, mas são, porém, interdependentes. Considerando que o corpo humano funciona em sintonia, assim também ocorre em sociedade quando as funções a que cada organismo é responsável se desenvolvem adequadamente, a sociedade vive em harmonia, fato que o sociólogo denomina Funcionalismo.
Analisando a sociedade enquanto corpo, o sociólogo Émile Durkheim observa que assim como os órgãos as instituições também podem adoecer prejudicando a harmonia social, ou seja, quando uma instituição não exerce devidamente suas funções, esta falha acarreta em dificuldades que comprometem o bom desenvolvimento de toda a sociedade.
A reposta de Durkheim para o adoecimento do organismo social é que sua razão está na não aceitação e no não cumprimento às leis morais vigentes no meio social, logo, é considerada uma sociedade saudável aquela na qual os indivíduos seguem as normais morais, respeitando valores e trabalhando para que os ideais comuns à sociedade sejam reconhecidos por todos e possam através do bom funcionamento de cada instituição ser realizados, assim temos em essência a moral social, a quem cabe a preservação da ordem entre os indivíduos que compõe a sociedade.

Por: Vivian. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A EDUCAÇÃO SEGUNDO O FUNCIONALISMO

A Educação Segundo o Funcionalismo

A educação na sociedade humana aparece para evitar contratempos entre os interesses pessoais e sociais.
A)                        A Função da Educação.
Na sociedade a educação possui como tarefa demonstrar que os interesses individuais só são realizados através dos interesses sociais. Ou seja, a educação socializa os indivíduos, demonstrando que o ser humano não sobrevive sozinho sem comunicação com as pessoas, pois é através da convivência em grupo que as pessoas definem regras comuns a todos.
“A convivência na sociedade é impossível sem educação: elemento adaptador e normalizador básico na integração na integração indivíduo-sociedade.” (DURKHEIM apud MEKSENAS, 1992, p.37)   
A sociedade por si só não existiria sem ter pessoas ou membros com semelhança nos hábitos culturais e comportamentos. Para Meksenas (1992,p.37) “a educação perpetua e reforça na criança um modo de ser que é essencial para a vida coletiva.”
B) As Características da Educação.
A sociedade se caracteriza por ser responsável pela transmissão dos atos morais. Como afirma Meksenas(1992,p.38) “a sociedade se caracteriza por ser uma corpo cuja tendência natural é o progresso e a harmonia; a garantia dessa tendência nos é dada pela moral social, que impõe ao indivíduo a conduta exigida pela sociedade.”
  Para Durkhein(1978), a educação na sociedade é una e múltipla.
A educação é Una, pois procura reproduzir a sociedade.
“a educação é Una, significamos que ela reproduz os valores essenciais de cada sociedade.”(DURKHEIN apud MEKSENAS, 1992,p.38)
Já a educação Múltipla define  que pode haver diversidades ou especializações no conhecimento. 
A educação é múltipla para Meksenas(1992,p.38)“porque, ademais  dos valores comuns a todos os indivíduos de uma sociedade, que ela transmite, existe uma soma de conhecimentos distintos, que variam  de classe para classe social ou de profissão para profissão.”   
Portanto, a educação Una e Múltipla permite que um indivíduo mesmo transmitindo a moral social, possa te uma especialização em uma determinada área do conhecimento humano para ocupar uma função na sociedade.
C) Educação e Estado
O texto destaca que é função do Estado se a instituição responsável por reelaborar e zelar pela moral social; é também tarefa do Estado organizar a sociedade através de interesses coletivos e sociais.
A educação é capaz de desenvolver o ser social do indivíduo, preparando-o para desempenhar uma função na sociedade
Apenas o Estado “... se apresenta como instituição capaz de estar  acima dos interesses individuais, acima das paixões pessoais e, assim sendo, se revela como  o único órgão capaz de conduzir a educação e o sistema de ensino da nossa sociedade contemporânea.”(DURKHEIN apud MEKSENAS, 1992,p.40) 
Portanto, o vínculo entre Estado e educação ocorre através da escola, pois é por meio desta que o Estado exerce controle sobre os indivíduos nela inseridos. Para Meksenas(1992,p.40) “ A escola, através de suas normas e conteúdos, inculca nos indivíduos valores sociais desta dada sociedade.”
Fica a cargo do Estado supervisionar os conteúdos e normas, que chega as escolas através do Ministério e secretarias de Educação.
Ao concluir, cabe a educação renovar, reproduzir os valores morais da sociedade, interagindo e integrando os indivíduos tentando reformular os aspectos negativos.


MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação: Introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

Por: Adriana Betina.

A SOCIEDADE PARA O FUNCIONALISMO

A Sociedade para O Funcionalismo
Durkheim durante seus estudos superiores em Paris, época que a Universidade começa demonstrar novos caminhos das ciências físicas e naturais, sendo influenciado estas de tal forma que sua ciência  social, proposições típicas da Biologia, compara a sociedade como um corpo social, semelhante ao corpo humano, pois destaca que o corpo possui vários órgão que dependem um do outro com desempenhos específicos.
Na nossa sociedade cada instituição é o órgão do corpo social: a família, o Estado, a escola, a Igreja, sindicatos etc. Portanto, cada instituição possui objetivos próprios diferentes um do outro, mas uma depende da outra para um desenvolvimento na sociedade.
O Funcionalismo é essa interpretação social, pois é na especificidade das funções que as instituições se completam compondo corpo social. 
Segundo Durkhein, a moral da sociedade se estabelece a partir do momento  em que existem valores ou ideais compartilhados por todos os indivíduos como corretos e verdadeiros.
Sendo que o indivíduo não é livre para colocar em prática seus desejos, mas somente fazer o permitido e estabelecido pela moral social de época e lugar dados.
Meksenas(1992) define  “a função da moral social (consciência coletiva) é manter a ordem,  pois sem essas leis de convivência, a vida em sociedade seria impossível. Assim o que mantém o corpo social saudável é a mora.”
Em fim, a sociedade necessita das leis para manter ordem na sociedade, pois o instante que ela deixa de existir ou ser ineficaz, surgirão problemas na sociedade.
Para Durkhein, o motivo dos problemas da sociedade é a existência da crise moral. Sendo a solução dada pelo Positivismo estudar a sociedade para perceber e identificar os aspectos moral que esta falhando. Sendo tarefa do sociólogo define Meksenas (1992,Pág.35) “olhar para a sociedade, observar a moral social, analisá-la, classificá-la e desenvolver um plano de ação que possa influir na substituição dos aspectos deficientes da moral antiga por outra que pudesse orientar melhor a conduta social dos indivíduos.”    
De tal forma Durkhein acreditava no avanço da sociedade capitalista, que apesar dos problemas sociais do capitalismo seria uma sociedade perfeita.
A solidariedade orgânican denominada por Durkhein, era a solidariedade que poderia nascer entre os indivíduos, sendo que numa sociedade onde as funções, tarefas, profissões se especializam cada vez mais, as pessoas passam a depender mais uma das outras.
Por acreditar que a sociedade capitalista progredisse, apesar da desordem  passar para uma etapa de ordem e progresso, fez Durkhein ser considerado  um sociólogo observador, ou seja pessoa que acredita na sociedade  como ela é, e não exige grandes mudanças.       

MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação: Introdução ao estudo da escola no processo de transformação social. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

Por: Adriana Betina.