terça-feira, 29 de novembro de 2011

Paradigmas do conflito e do consenso na escola

As principais ideias que o texto “A escola segundo os paradigmas do consenso e do conflito” coloca é a existência e a coexistência de estruturas formal ou informal, isso são marcas bem fortes da escola. Essas duas abordagens básicas não pensam da mesma forma, pois levam a diferentes visões da escola.
      Essa comparação entre essas duas visões pode ser mais ampla e rica na escola. O paradigma do conflito enfatiza as tensões e oposições entre professores e estudantes. Já o paradigma do consenso os valores comuns e a operação entre professores e alunos, de modo quea escola funcione como elemento de integração e continuidade entre gerações.
      O paradigma do consenso diz que a integração ao grupo social, como segundo elemento da moralidade, significa que os objetivos morais são aqueles que têm como objeto a sociedade. Há ainda dentro desse paradigma três conseqüências: 1) a tarefa mais importante da educação moral é ligar a criança á sociedade, inclusive á nação. 2) o autodomínio é a primeira condição para a vida social e para o exercício do poder, bem como da liberdade digna desse nome. 3) a moralidade está relacionada á estrutura social onde ela é praticada.
      Metz fala nesse paradigma sobre o “mito do controle coercivo”, ou seja, á medida que o as sanções coercitivas são usadas consistente e rapidamente contra os transgressores, a ameaça de coerção por si só é suficiente, e o uso da própria coerção deixa de ser necessário. Outro tema de suma importância é que Durkheim concebeu a educação como uma influência unilateral dos adultos sobre os “imaturos “Portanto, a escola é uma instituição que contribui para a construção do consenso social e da comunidade.
      O autor do paradigma do conflito é Waller (1967). Ele concebeu as escolas como centros de difusão que levam os padrões culturais dos grupos mais amplos ás comunidades locais. Ele diz que como conseqüência, a escola tem um modo característico de interação social, centrado no dar e receber do processo de ensino. A escola tem uma cultura distinta ( a cultura da escola), que é uma mistura do trabalho dos jovens “artesãos” elaborando cultura e dos artesãos adultos, elaborando cultura para os jovens. Outra conseqüência é que, como professores e alunos são grupos em conflito, a escola tem de ser tipicamente organizada como base no princípio da autocracia.
      Esse paradigma é útil no sentido de que ele revela as tensões e oposições da escola. Aqui também é posto a importância das relações de poder na escola, onde muitos autores ingenuamente vêem as relações sociais desenvolverem-se em harmonia. Esse estudo de Waller tende a ver conflito mesmo onde ele não se encontra, ou em situações onde ele é suscetível de ocorrer,mas em geral não ocorrem, Suas conclusões podem ser válidas em termos de tempo e espaço, mas não podem ser generalizadas a não ser com alto risco.
Por: Vanuza

Nenhum comentário:

Postar um comentário